Edital tem como finalidade premiar instituições e coletivos culturais que desenvolvam práticas de excelência em museologia social e processos museais comunitários.
O Memorial das Ligas e Lutas Camponeses (MLLC) obteve nota máxima no edital dos Pontos de Memória do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). O edital tem como finalidade reconhecer e premiar instituições e coletivos culturais que desenvolvam práticas de excelência em museologia social e processos museais comunitários. Cada instituição foi beneficiada com um prêmio no valor de R$ 40mil (quarenta mil reais).
As ações contribuem para a identificação, registro, pesquisa e promoção do patrimônio e das referências culturais de grupos, povos e comunidades importantes e representativos da diversidade cultural brasileira.
Para este edital, o MLLC apresentou a ação “As vozes do povo do campo no Memorial das Ligas e Lutas Camponesas”, que constitui um conjunto de atividades e projetos desenvolvidos no período entre 2019 a 2023.
Dentre elas, destacam-se a elaboração participativa do Plano Museológico, a exposição temporária “Barra de Antas: terra onde luto e danço”, os Atos do 2 de Abril em memória dos Mártires da Luta pela terra, o projeto de história oral para requalificação da exposição de longa duração do Memorial e o desenvolvimento dos cursos de capacitação em história oral e em educação museal.
Para Alane Lima, presidenta do Memorial das Ligas e Lutas Camponesas da Paraíba, esse conjunto de ações demonstra o potencial do efeito multiplicador das atividades nas comunidades rurais locais, bem como nos coletivos e movimentos sociais com quem o Memorial atua.
“O nosso projeto foi contemplado com nota máxima pelas ações desenvolvidas de 2019 a 2023, com o Projeto As Vozes do Povo do Campo no Memorial das Ligas e Lutas Camponesas. Além do Memorial também foram contempladas várias instituições no estado da Paraíba no qual a gente reconhece o potencial que o nosso estado tem na área da cultura, da valorização da memória, e no nordeste, nós tivemos todos os pontos de memória, todos os coletivos culturais com nota máxima. Para a gente é uma felicidade mais que dupla ter o nosso lugar de memória como reconhecimento com nota máxima no qual vai valorizar e no qual vai colaborar com a continuidade da nossa ação, e com a continuidade das nossas lutas”, comemora ela.
As ações destacam a relevância da memória dos camponeses e camponesas que historicamente lutam pela reforma agrária, pelo direito de acesso à terra e por justiça social.
A memória da Luta dos povos do campo é memória nacional! E como disse Elizabeth Teixeira em um de seus discursos, “enquanto houver a fome e a miséria atingindo a classe trabalhadora, tem que haver a Luta dos camponeses”!
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Edição: Cida Alves