Paraíba

INDÍGENAS EM LUTA

Indígenas Tabajara fecham estrada para impedir invasão de empresa que visa construir resort no local

População acusa a empresa Lord Negócios Imobiliários de invadir território em vias de demarcação

Brasil de Fato | João Pessoa - PB |
Reprodução - Imagem Reprodução

Na tarde desta segunda-feira(13) os indígenas Tabajaras foram para a estrada em frente ao território de Tambaba para impedir a derrubada da mata pela empresa Lord Negócios Imobiliários. O intuito da empresa é a construção de um resort e de vários hotéis no local. Os indígenas reiteram que no início deste ano esta mesma ação foi suspensa pelo Governo do Estado através da Sudema porque aquele é um território que está em vias de demarcação.

Segundo os indígenas a proposta da empresa é construir o maior resort naturista do mundo, anexando a praia de Tambaba à extensão do empreendimento privado. 

::INDÍGENAS EM LUTA | Indígenas Tabajara fazem protesto por território em Tambaba 

Os embates entre a empresa e os indígenas vêm ocorrendo desde 2011. Já em 2022 o Procurador da República, José Godoy, entrou com uma ação para demarcação das terras Tabajaras, e em janeiro deste ano, depois de mais um conflito entre os povos e a empresa, o Ministério Público e a Funai e embargaram a obra.

Hoje, com apoio da prefeitura de Conde e da sudema, a empresa tentou retomar a construção desmatando a área. Novamente os indígenas foram para a estrada em protesto e se depararam com seguranças privados e com a polícia militar.

“No dia 3 de janeiro deste ano nós entramos nesse mesmo empreendimento para não deixar a mata de Tambaba cair. Então o governo do estado, no dia seguinte, suspendeu esta licença. Então a gente foi a Brasília e conseguiu o compromisso de recuperar o GT, que é o grupo de trabalho para demarcar a terra Tabajara que hoje está na segunda audiência na Primeira Vara Federal”, explica o Cacique Edinaldo


Licença do grupo Lord / Foto Reprodução


Suspensão da Sudema (fev/2023)  / Foto Reprodução

O Cacique também contou que está acionando os diversos órgãos para proteger o território: “Já entrei em contato com a Ministra Sônia Guajajara, mas ela ainda não deu retorno; já  conversei com a coordenadora territorial da FUNAI, Lúcia Alberta, e conversei com o assessor do Dr. Douglas, Dr. Edson e Alan da FUNAI de João Pessoa”.

O Jornal Brasil de Fato tentou entrar em contato com a empresa Lord Negócios Imobiliários, porém não conseguimos lograr êxito.

 
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Edição: Cida Alves