Eziel Inocêncio, ex diretor da União Nacional dos Estudantes(UNE), lança nesta terça-feira (4), às 19h, no Casarão 34, que fica no Centro de João Pessoa, seu livro de crônicas autobiográficas 'Não é a droga, sou eu'. O evento contará com uma noite autógrafos, apresentação do livro pelo jornalista Jãmarrí Nogueira, que será o mestre de cerimônias, além de um show musical com a cantora e compositora, Ruanna Gonçalves, acompanhada pelo violonista Uirá Garcia.
O livro está sendo divulgado pela editora Selo Anima, com produção e edição de Léo Asfora, que também escreveu a epígrafe e orelha da obra. “As crônicas são curtas, porém profundas, e giram em torno de uma jornada de autoconhecimento, analisando sentimentos e traumas de infância que o levaram a estabelecer uma relação de dependência não só com drogas lícitas e ilícitas mas também com pessoas e situações que proporcionam prestígio e poder, numa busca incessante por aceitação, aprovação e reconhecimento”, escreveu Léo.
A obra tem quase 200 páginas e traz vivências do autor durante sua luta diante de um processo difícil pelo vício em álcool e outras drogas, também revela percepções e fatos íntimos de sua luta, aborda histórias de sua infância, adolescência e fase adulta, revelando experiências muito pessoais. “Passei a escrever para me conhecer melhor e descobri que sofria de baixa autoestima, sentimento de inferioridade, medo de rejeição e abandono. Comecei postando os textos nas redes sociais. Até que me foi sugerido publicar um livro”, disse Eziel.
SOBRE O AUTOR
Eziel Inocêncio foi uma liderança importante no movimento estudantil do Brasil e da Paraíba da década de 90 / Divulgação
Eziel Inocêncio nasceu no Rio de Janeiro, mas reside em João Pessoa desde 1979. Na década de 1990, foi uma importante liderança no movimento estudantil da Paraíba, quando se tornou presidente do DCE da UFPB e, posteriormente, na direção da União Nacional dos Estudantes, a UNE. Isso quando o país passava por um importante momento político e de luta que dava ênfase aos movimentos e a voz do corpo estudantil do Brasil: o Movimento Caras-Pintadas.
Eziel sempre esteve sob os holofotes da luta política e, alguns anos mais tarde, de acordo com seu depoimento," já afastado do prestígio e do poder do movimento, passou a consumir muito álcool e cocaína, aprisionando-se a um vício que quase destruiria a sua vida”. Foi internado diversas vezes no Instituto Recife de Atenção Integral às Dependências (RAID), em Pernambuco. Após essa luta incansável contra o vício, encontrou conforto e acolhimento na escrita, partindo para a escrita de seu livro.
Edição: Cida Alves