Paraíba

FALTA D'ÁGUA

Crise hídrica em Juarez Távora: população enfrenta racionamento apesar de reservatórios cheios 

Mais de oito dias sem água nas torneiras em diversas localidades

Brasil de Fato | João Pessoa - PB |
Reprodução - Foto: Internet

A cidade de Juarez Távora, localizada no Agreste Paraibano, vem enfrentando uma situação paradoxal: mais de oito dias sem água nas torneiras em diversas localidades, apesar dos reservatórios estarem quase cheios. O problema não é exatamente a falta de água, mas sim dificuldades no abastecimento.

Desde o início do ano, os moradores vivenciam um racionamento de água, com o fornecimento sendo intermitente. A cidade, que é abastecida pela barragem de Acauã, localizada em Itatuba, experimenta uma divisão no acesso à água: enquanto quem reside na parte baixa tem água disponível quatro dias por semana, os moradores da parte alta enfrentam um abastecimento irregular há aproximadamente quatro meses.

No começo do racionamento, era possível notar uma distribuição da água em horários distintos para diferentes áreas da cidade: uma parte recebia água pela manhã e outra, pela tarde. 

A situação tem desesperado a população, como relata a aposentada Maria Pereira: "Se não comprarmos água, não temos como tomar banho ou lavar roupa. Tudo fica difícil".

 Além do desafio diário com a escassez, os moradores ainda se deparam com contas de água elevadas, chegando a quase R$ 100, mesmo com o fornecimento insuficiente.

“A nossa cidade vem sofrendo precariedade de água há muito tempo, um descaso com a população porque sempre pagamos água em dia. Estamos há mais de uma semana sem água, é um desrespeito aos consumidores porque pagamos em dia as nossas contas, porque senão será cortada.A  água é um direito de todos. E quando vai faltar água, a Cagepa não avisa para que a gente possa reservar, é um grande desrespeito”, comenta Vera Lúcia, aposentada e  e presidenta da Associação de Mulheres Feminista de Juarez Távora (AMUF-JT).

O reservatório de Brejinho, que também contribui para o abastecimento da cidade, está atualmente com cerca de 75% de sua capacidade. A situação desse reservatório evidencia que a crise não é causada pela falta de recursos hídricos, mas sim por questões técnicas  na gestão e infraestrutura de distribuição da água.

Diante da crise, a Cagepa (Companhia de Água e Esgotos da Paraíba) comunicou que está realizando reparos na barragem de Brejinhos.

A previsão é de que, em até 40 dias, o abastecimento de água na cidade seja normalizado. 


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Edição: Cida Alves