Com informações de CUT-PR
Com a presença de cerca de 300 pessoas, foi organizada nesta sexta-feira (28), na Associação Banestado, localizada na Praia de Leste, no litoral paranaense, a abertura da 15ª edição do Congresso Estadual da CUT Paraná, (CECUT-PR).
O evento contou com a presença de lideranças políticas e sindicalistas que ressaltaram a importância de ampliar os debates e as estratégias de lutas da classe trabalhadora para os próximos quatro anos, no contexto do retorno de Lula ao governo.
Desde o seu início, o congresso tem debatido os desafios de reorganização do movimento sindical no próximo período, desafios organizativos, ideoógicos e programáticos:
“Como pensar o movimento sindical, em país como o Brasil, de larga tradição escravocata, cuja mentalidade permanece”, afirma Janeslei Albuquerque, da CUT nacional, refletindo sobre os desafios da forma como o conservadorismo alcançou parte da classe trabalhadora.
Seguir resistindo
O presidente da CUT-PR, Marcio Kieller, ressaltou a necessidade do debate dos representantes sindicais para a melhoria do cenário voltado ao trabalhador do campo e das cidades e da valorização salarial.
A reconstrução do país também foi destacada pelo ex-governador Roberto Requião, dimensionando a questão dos desafios das forças popularesda frente que permitiu a vitória de Lula e se transformou em um movimento amplo. “Só a continuidade da força e da energia de vocês, na resistência, pode viabilizar uma pressão para que o Brasil ande para frente”.
O avanço da extrema-direita em diversos países latino-americanos e os desafios a serem enfrentados nesses locais foi destacado pelo secretário-geral da CSA, Rafael Freire. Entretanto, ele destacou que ainda há melhor debate em governos de esquerda progressistas do que um gestões de direita e reforçou a necessidade da mobilização. “Na CSA enfrentamos governos muito difíceis pela América Latina. Na Guatemala se enfrenta um golpe eleitoral, no Haiti está uma situação caótica, há problemas no Equador e no Peru, e os sindicatos enfrentam essas questões”.
Edson Bagnara, representando o MST, apontou como a retomada dos direitos políticos de Lula, após a prisão, e a vitória eleitoral, criaram uma linha de contenção contra o avanço do neofascismo. Porém, o desafio da reconstrução está colocado:
“Tiramos um presidente e colocamos de volta no palácio. Desafio de reconstruir o país, aprofundar a democracia em nosso país e seguir vigilante. Achamos por muito tempo que não precisava fazer o tal do trabalho de base. O movimento popular tem esse desafio”, afirmou.
Edição: Pedro Carrano