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Federação PSOL/REDE da PB vai à justiça contra aumento de salário do prefeito de Campina Grande

Emenda à Lei Orgânica de CG vinculou aumento do subsídio do prefeito Bruno Cunha Lima ao aumento dos ministros do STF

Brasil de Fato PB| João Pessoa |
Cada vez que os Ministros da Corte Suprema tiverem aumento de salário, o Prefeito de Campina também deve ter - Reprodução -CMCG

Nesta quinta-feira (27) a Federação PSOL/Rede da Paraíba entrou com Ação Direta de Inconstitucionalidade no  Tribunal de Justiça do estado (TJPB) contra Emenda à Lei Orgânica de Campina Grande (PB) que vinculou aumento do subsídio do Prefeito Bruno Cunha Lima ao aumento do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.

A ação, assinada pelos advogados Olímpio Rocha e Alexandre Soares, demonstra que, conforme a Emenda impugnada, a cada vez que os Ministros da Corte Suprema tiverem aumento de salário, o Prefeito de Campina também deve ter. 

"Entretanto, tanto a Constituição Federal quanto a Constituição Estadual da Paraíba proíbem esse tipo de vinculação entre subsídios de agentes públicos, o que configura afronta ao princípio federativo", afirma os advogados.

 


Documento assinado e aprovado pela Câmara de CG para aumentar subsídios do prefeito / Print - Reprodução/processo

 


Parte dois do documento / Print - Processo

CRIAÇÃO DO 13º SALÁRIO PARA OS VEREADORES(AS)

A mesma Emenda à Lei Orgânica também criou o 13º salário para os vereadores de Campina Grande, mas sem a necessidade de lei específica para instituir essa vantagem remuneratória, o que também viola a Constituição do Estado da Paraíba.  

Para Olímpio Rocha, “a Federação PSOL/REDE está atenta à necessidade de combater a farra com dinheiro público, o que pode acontecer caso essa emenda inconstitucional aprovada pela Câmara de Vereadores de Campina Grande não seja derrubada pelo Tribunal de Justiça. Estamos confiantes que será feita Justiça e a Constituição paraibana será respeitada!”

O Processo, de nº 0816937-58.2023.8.15.0000, está concluso para decisão da Relatora, Desembargadora Maria das Graças Morais Guedes, que decidirá sobre o pedido de medida cautelar para suspender a Emenda e, depois, deverá determinar que Câmara e a Prefeitura de Campina Grande se pronunciem.

 

*Com Ascom Fed. PSOL/REDE

Edição: Polyanna Gomes