Paraíba

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Paraíba fica em 1º lugar do Nordeste no ranking do combate ao desperdício de água

Através da CAGEPA, estado figura como 4º lugar nacional e 1º da região Nordeste. Pesquisa foi do instituto Trata Brasil

Brasil de Fato PB| João Pessoa |
Cagepa fica em 1º lugar do Nordeste no ranking do combate ao desperdício de água - Rajesh Balouria - Pixabay Imagens

O Estado da Paraíba através da Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (CAGEPA) ficou em 1º lugar na Região Nordeste e em 4º lugar a nível nacional, no ranking de gestão do desperdício de água. O desempenho é destaque no levantamento divulgado esta semana pelo Instituto Trata Brasil. A Paraíba é um dos quatro estados que já atingiram o padrão de excelência em perdas volumétricas, previsto como meta para 2034 pela Portaria 490/2021 do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

No estudo do Trata Brasil, o indicador “perdas volumétricas” se refere ao desperdício produzido sobre perdas por ligação de água. O MDR fixou o prazo de até o ano de 2034 para que as companhias de saneamento baixassem o indicador para até 216 litros por ligação ao dia. A Paraíba apresentou 215 L/ligação/dia, bem abaixo do resultado nacional, que foi de 334 L/ligação/dia.

“Já éramos referência no Nordeste e agora somos também no País. Porque o que é meta para 2034, nós já batemos 23 anos antes. Esse resultado muito nos orgulha, mas também aponta para o caminho que estamos abrindo: o da excelência. E excelência só se alcança e se mantém com responsabilidade e estratégias sustentáveis”, comentou o presidente da Cagepa, Marcus Vinícius Neves.

 


Paraíba figura em quarto lugar no indicador “perdas volumétricas” que se refere ao desperdício produzido sobre perdas por ligação de água / Divulgação - Trata Brasil

Eficiência também na distribuição

No indicador “perdas na distribuição” - que se refere à diferença entre a água produzida e a efetivamente consumida, tanto medida quanto estimada – a Cagepa também se mantém no topo do ranking das empresas de saneamento do Nordeste que menos desperdiçam água. A Paraíba registrou 35,38% em perdas, sendo a primeira da região e sétima do País.

“Esse é o tipo de desperdício que acontece quando o hidrômetro está quebrado, assim como o que se perde devido a vazamentos e ligações clandestinas. Nosso desempenho está melhor que a média nacional, resultado de um trabalho efetivo de automação de serviços e agilidade na retirada de vazamentos, aliado ao cuidado ambiental”, disse o presidente.

 


Cagepa também se mantém no topo do ranking das empresas de saneamento do Nordeste que menos desperdiçam água / Divulgação - Trata Brasil

O Governo do Estado divulgou que a nova política da Cagepa é norteada pelo Road Map: uma mentoria desenhada utilizando conceitos de Business Intelligence em organizações de Saneamento Básico para melhorar os processos de redução e controle de perdas nos sistemas de distribuição.

"Estamos buscando diminuir ainda mais as perdas, colocar esse tema em definitivo na pauta da empresa, como prioridades nos programas e investimentos, para ofertar serviços com ainda mais qualidade para os clientes paraibanos", resumiu o presidente Marcus Vinicius Neves.

SOBRE O ESTUDO

A nova edição do estudo “Perdas de água 2023: Desafios para disponibilidade hídrica e avanço da eficiência do Saneamento Básico no Brasil”, foi elaborado a partir de dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, ano base 2021) e compreende uma análise do Brasil, de suas cinco macrorregiões, das 27 Unidades da Federação e também dos 100 municípios mais populosos do país, que figuraram no Ranking do Saneamento 2023.

Informações presentes no estudo apontam que o volume total de água não faturada em 2021 (cerca de 7,3 bilhões de m³) equivale a quase oito mil piscinas olímpicas de água tratada desperdiçadas diariamente ou mais de sete vezes (7,4) o volume do Sistema Cantareira – o maior conjunto de reservatórios do Estado de São Paulo. Para entender o impacto do controle de perdas, considerando-se somente as perdas físicas (vazamentos), o volume (3,8 bilhões de m³) seria suficiente para abastecer aproximadamente 67 milhões de brasileiros em um ano.

Edição: Cida Alves