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Morre Miró da Muribeca, artista marginal das ruas do Recife

Falecimento foi noticiado nas redes sociais do poeta; velório acontece às 16h na capela do Cemitério de Santo Amaro

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Autor de 17 livros, Miró se diz um misto de cronista, alegrista e poeta e possui uma relação íntima com as ruas do Recife - Fundarpe

Faleceu, neste domingo (31), o poeta recifense Miró da Muribeca. Nascido e criado no bairro que carrega no nome, Miró já vinha enfrentando problemas de saúde e amigos do artista já vinham desde 2020 organizando uma campanha de solidariedade para custear os gastos com a saúde dele. O falecimento foi noticiado nas redes sociais do poeta; velório acontece às 16h na capela do Cemitério de Santo Amaro e sepultamento amanhã às 11h.

Quem é Miró?

Miró da Muribeca ficou conhecido por perambular pelas ruas do Recife com a poesia do corpo e os seus livros embaixo dos braços. Ele, que desde 1984 vivia nas ruas do Recife, morava há alguns anos no Hotel Central, no bairro da Boa Vista, área central da capital.

Leia: Miró da Muribeca lança seu 11º livro celebrando a cultura marginal

Autor de 17 livros, Miró se autoentitulava um poeta popular, forjado no fim da década de 70, com a poesia marginal. Se nunca teve a oportunidade de estudar numa universidade por admitir que não gostava de estudar, Miró foi objeto de estudo na Academia com a poesia que é entendida da camareira ao engenheiro, e admirada em países vizinhos, como a Argentina e lhe rendeu homenagens, como em 2015, quando foi um dos homenageados da Bienal do Livro de Pernambuco, junto com Luzilá Gonçalves Ferreira e Ascenso Ferreira.

Edição: Vanessa Gonzaga