Minas Gerais

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Editorial | Bolsonaro e Zema na lata de lixo da história

Zema não governa para o povo, mas para as mineradoras

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Para eles vale muito mais o lucro que a vida - Foto: Isac Nóbrega/PR

Após sua passagem por Minas Gerais, Lula afirmou ter ficado impressionado com a luta em defesa do patrimônio mineiro, a Serra do Curral. A ameaça de destruição do cartão-postal de Belo Horizonte escancarou o que já sabemos: Zema não governa para o povo, mas sim para as mineradoras. 

Quem escolheu a Serra do Curral como símbolo da capital mineira foi a população, em um plebiscito organizado pela Prefeitura, em 1995. Considerada patrimônio histórico e artístico nacional, desde 1960, a importância da Serra vai muito além de sua beleza.

Bolsonaro e Zema parecem ter ojeriza a tudo que pulsa vida

A proteção da Serra do Curral significa a garantia de recursos hídricos para BH e as cidades da Região Metropolitana. É a garantia da qualidade do ar que a população mineira respira. É a garantia da sobrevivência de espécies ameaçadas de extinção. 

Mais lucro, menos vida

Para Zema, nada disso parece importar. Para ele vale muito mais o lucro que a vida. Não à toa, o governador chegou a afirmar que o povo não tem formação suficiente para opinar sobre o tema. 

Quem teria então? Aquele que só nos dois últimos meses de 2021 assinou acordos com cinco mineradoras? Aquele que ao ver água e lama tóxica voltarem a entrar nas casas de atingidos pelo rompimento da barragem em Brumadinho não demonstrou nada além de apatia?

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Assim como Bolsonaro, Zema parece ter ojeriza a tudo que pulsa vida no estado de Minas Gerais. Não mede esforços na retirada de direitos e na entrega do patrimônio mineiro às grandes empresas.  Além de não tirar o pé da Serra, também não quer tirar as mãos do salário dos trabalhadores da educação e da saúde pública.

Enquanto isso, as professoras precisam escolher entre pagar a conta de luz ou aluguel e enfermeiras cumprem tripla jornada para conseguir colocar comida em casa.

Lula

Em seu discurso, em Belo Horizonte, Lula disse que nós enfrentamos à nível nacional um adversário que representa a anti-democracia, o anti-amor, a anti-paz, a anti-educação e o anti-desenvolvimento. Em Minas, o cenário não é diferente. 

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Porém, não é tempo de desanimar. Ver a esperança, o sorriso e as lágrimas de felicidade voltarem ao rosto do povo mineiro ao se encontrarem com aquele que ajudou a tirar o Brasil do Mapa da Fome nos indica exatamente de onde vem a resposta para a mudança: do povo.

Com muita organização e luta, “nós que queremos almoçar, jantar e tomar café todos os dias haveremos de ganhar as eleições” e jogar Bolsonaro e Romeu Zema na lata de lixo da história. 

Edição: Elis Almeida