A família do poeta Eduardo Guimaraens vai homenagear os 130 anos de seu nascimento (1892-2022). Eduardo foi poeta, jornalista, cronista, tradutor, natural de Porto Alegre, sendo um dos únicos brasileiros a ser publicado por Fernando Pessoa, em Portugal.
Para comemorar a data, a família Guimaraens, em parceria com a Libretos Editora, fará uma exposição na Livraria Santos na Galeria Casa Prado (Rua Dinarte Ribeiro, 148, loja 6, em Porto Alegre), a partir das 18h, com originais de sua obra, objetos e retratos de seu acervo. Haverá uma sessão de autógrafos com a organizadora do acervo do poeta, Maria Etelvina Guimaraens.
Libretos celebra os 130 anos do nascimento do poeta Eduardo Guimaraens com exposição de originais, objetos e retratos de seu acervo / Reprodução
A exposição do acervo reunirá manuscritos originais dos livros publicados a partir de 2018: “Poemas” (poesia composta em 1923, originalmente em francês), “As Flores do Mal”, de Baudelaire (seleção e tradução de poemas do poeta francês), “Ouvindo as Scenas Infantis de Schumann” (plaquete composta e dedicada em 1917 à sua musa Etelvina) e “Canto Quinto – edição ampliada” (com a reprodução tradução do Canto Quinto do Inferno de Dante – Divina Comédia, publicada em 1920); original da criação de Correa Dias para o ex-libris de Eduardo (Correa Dias foi importante artista da época, publicava na Fon-Fon - importante revista do Rio de Janeiro. Foi marido de Cecilia Meireles); além de objetos pessoais de Eduardo e retratos da época.
Relação de Eduardo com a cidade de Porto Alegre
Eduardo nasceu e se criou em Porto Alegre, filho do jornalista Gaspar da Costa Guimaraes e de Balbina Silveira Guimaraes. Desde cedo se dedicou à poesia. Aos 16 anos publicou seu primeiro livro, Caminho da Vida. Foi jornalista atuante em vários periódicos de Porto Alegre onde publicava crônicas, traduzia prosa e poesia do francês, italiano, inglês e espanhol. Era conferencista e se dedicou ao estudo da obra de Dante.
No 6º centenário de Dante, foi o conferencista que inaugurou as festividades em sua homenagem. Participava do grupo “Pleiade”, que se reunia na então praça da Misericórdia, hoje Praça Dom Feliciano. Este grupo era formado por Homero Prates, Felipe de Oliveira, Francisco Barreto, Álvaro Moreira, Carlos Azevedo, Antonius (Antônio Barreto) e Eduardo. Publicou em importantes revistas da época, das quais se destacam A MFscara (POA) e Fon-Fon (RJ).
Eduardo trabalhou na Biblioteca Pública, vice-diretor e diretor. Foi a voz da primeira locução de rádio do estado (Porto Alegre, 1924).
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Edição: Katia Marko