O jornalista e auto-denominado filósofo, Olavo de Carvalho, morto na semana passada aos 74 anos, poderá ser homenageado com seu nome em uma praça e uma rua de Campina Grande-PB.
A propositura é do vereador Waldeny Santana (DEM) e tem grandes chances de ser aprovada pela maioria do plenário. O vereador é ligado ao Instituto Borborema, entidade ultra conservadora de Campina Grande, que também é uma das principais entidades articuladoras do gabinete do ódio de Bolsonaro na região.
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Também faz parte do mesmo Instituto, Tércio Arnaud, que foi exposto por matéria da BBC, apontado como o líder do chamado ‘gabinete do ódio’.
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Segundo a vereadora Jô Oliveira (PCdoB), para além das discordâncias ideológicas, homenagens como a nomeação de ruas, avenidas ou escolas com o nome de uma pessoa, deveriam ser destinadas a quem contribuiu com o desenvolvimento da cidade, ou da nossa região:
“Eu não entendo a relevância de eternizar com o nome de uma das ruas de nosso município uma pessoa que não participou da vida da cidade, não esteve aqui em nenhum evento ou participação de relevância, nem contribuiu com o desenvolvimento local. A nível nacional, também não visualizo a sua contribuição, a despeito de contribuir para uma radicalização ideológica e mais recentemente inclusive com afirmações que negavam a gravidade da pandemia, e que podem ter influenciado muitas pessoas que acreditavam em suas afirmações, em detrimento da ciência e dos profissionais de saúde”, declara ela.
Vereadora Jô Oliveira (PC do B) / Imagem: Assessoria Jô
“Acredito que Campina Grande tem, com certeza, muitos outros nomes de relevância no cenário local e que podem ser homenageados em projetos como esses, e que merecem verdadeiramente terem seus nomes eternizados em ruas e avenidas do município”, finaliza.
Olavo de Carvalho era considerado um representante do conservadorismo no Brasil e guru da extrema-direita. Negacionista, foi contra a vacina, desdenhou da pandemia e morreu justamente de coronavírus. No dia em que o país chegou a 195.742 mortes por covid-19, o guru do bolsonarismo questionou a mortalidade do vírus, que chamava de “mocoronga vírus”. Ele defendeu fortemente a eleição do presidente Jair Bolsonaro e teve um papel estratégico nos primeiros anos do governo.
Edição: Heloisa de Sousa