Paraíba

IMPUNIDADE

Depois de 10 anos, Victor Souto ainda não foi julgado pelos assassinatos de Rafael e Daniel

José Patriota, pai de uma das vítimas, está em frente ao Fórum Criminal de JP, lembrando os 10 anos do ocorrido

Brasil de Fato | João Pessoa (PB) |
José Patriota, pai de Rafael Patriota, assassinado há 10 anos. - Reprodução

Esta quarta-feira (15), marca uma década do duplo homicídio praticado pelo réu, Victor Souto da Rosa, acusado de atropelar e matar dois jovens: o professor Rafael Patriota, 27 anos, e o corretor de imóveis Daniel Guimarães, 24 anos. Na oportunidade, o réu passou por cima das vítimas, utilizando uma caminhonete Nissan Frontier. Depois de 10 anos dos crimes, Victor Souto ainda não foi a julgamento. O processo penal tramita no 2º Tribunal do Júri, da Comarca de João Pessoa, que tem como juíza titular Francilucy Rejane de Sousa Mota. 

Durante toda esta quarta (15), o pai de Rafael, José Patriota, está em frente ao Fórum Criminal da Capital, com uma faixa lembrando os 10 anos dos assassinatos e pedindo justiça e mais agilidade na tramitação da ação. “Duas pessoas foram brutalmente assassinadas e o réu ainda não foi a julgamento, depois de tanto tempo. Isso é um absurdo. Até hoje, as famílias esperam que seja feita justiça, que até agora não aconteceu. Nossa expectativa é que o julgamento seja marcado para o próximo ano. Essa é a nossa esperança”, comentou José Patriota.  

No dia dos crimes, 15 de dezembro de 2011, uma das câmeras da Rua Frutuoso Dantas, no Bairro Cabo Branco, registrou o momento em que as vítimas foram atropeladas e arrastadas. Daniel Guimarães morreu ainda no local e Rafael Patriota chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital. Em março, a Justiça decretou a prisão preventiva de Victor, que chegou a ficar preso, mas, atualmente, responde o processo em liberdade.

Ao determinar a prisão preventiva, o juiz José Aurélio da Cruz levou em consideração um vídeo disponibilizado na internet que mostra os detalhes do atropelamento e da fuga do acusado, sem prestar socorro às vítimas, informações que estão contidas no inquérito policial feito pela delegada Dulcinéia Costa.

De acordo com os autos, o acusado confirma ter se envolvido em uma confusão com as vítimas antes do acidente. Victor Souto teria saído em perseguição da moto e, na altura da terceira lombada da Rua Frutuoso Dantas, a caminhonete bateu na traseira da moto e atropelou os dois jovens. Com o impacto, a placa da caminhonete ficou no local do atropelamento, que ocorreu no dia 15 de dezembro de 2011. O réu se apresentou na 10ª Delegacia Distrital quatro dias depois.

 

*Da Assessoria

Edição: Heloisa de Sousa