Paraíba

VIDA EM 1° LUGAR

Grito das Excluídas e dos Excluídos acontece neste dia 7 de setembro na Paraíba

Em João Pessoa, a concentração vai ser, a partir das 9h, na Praça das Muriçocas e conta com caminhada e carreata

Brasil de Fato | João Pessoa (PB) |
27ª edição do Grito das Excluídas e Excluídos em JP. - Reprodução

Neste dia 7 de setembro, o bloco do Grito das Excluídas e dos Excluídos vai tomar as ruas da Paraíba para lutar pelo FORA BOLSONARO, por participação popular, educação, saúde, comida, moradia, trabalho e renda, já! Com o tema, Vida em primeiro lugar: Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda já, o Grito nos convoca para ações efetivas em defesa de toda vida ameaçada. 

"Ainda estamos em tempo de pandemia do coronavírus. Ultrapassamos meio milhão de mortes. Quantos milhares de famílias sofrem por ter perdido seus entes queridos , fruto de uma cultura negacionista e da falta de vontade em resolver as questões da saúde. O avanço do desmonte de direitos sociais e do próprio estado democrático com a disseminação da cultura do ódio sustentada pelas notícias falsas manifestadas nas redes sociais também são sinais do descaso pela vida. Há que se destacar, ainda, o aprofundamento das desigualdades sociais, o aumento da fome, do desemprego, fruto do avanço do poder financeiro sobre a Constituição brasileira e ao aumento do lucro dos bancos, institucionalizando ainda mais os seus privilégios. O avanço dos grandes projetos sobre as terras indígenas, povos quilombolas, pescadores e as agressões ao meio ambiente tem sido outra marca da atual política o Grito", afirma a carta de José Valdeci Santos Mendes, Bispo de Brejo/MA e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora/CNBB, ao mobilizar e convidar as brasileiras e brasileiros a participar da 27ª edição do Grito das Excluídas e Excluídos.

Por isso, milhares de mulheres, homens, LGBTsQIA+, indígenas, negras e negros, jovens, trabalhadoras e trabalhadores vão às ruas para dizer sim à vida.

João Pessoa

Em João Pessoa, a concentração vai ser a partir das 9h da manhã, com concentração na Praça das Muriçocas no Miramar e vai contar com dois formatos no mesmo ato, caminhada e carreata. As duas saem em direção à praia do Cabo Branco, a partir das 19h. Na frente, sai a caminhada que vai dispersar no Busto de Tamandaré, atrás sai a carreata, que vai dispersar em frente ao SESC do Cabo Branco. Seguiremos em marcha até o nosso ponto final no Busto de Tamandaré.

"Em defesa da vida, não esqueça de usar máscara, álcool em gel e respeitar o distanciamento", diz a organização do Grito.

Campina Grande

Em Campina Grande, o Grito vai se concentrar, a partir das 8h30, no Açude Grande e está sendo solicitado a quem for, levar um quilo de alimento não-perecível para doação.

Defesa da Democracia

As manifestações contra o governo do presidente da República Jair Bolsonaro vão ocupar as ruas de mais de 160 cidades do Brasil e do exterior nesta terça-feira (7), feriado do Dia da Independência (a programação está no fim desta nota). Organizados pela Campanha Nacional Fora Bolsonaro, que reúne as frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, ao lado de partidos políticos, centrais sindicais e movimentos populares, os atos dão sequência às jornadas de mobilizações, iniciadas em maio e se juntam aos setores da Igreja, que organizam a 27ª edição do Grito das Excluídas e Excluídos. 

São esperadas milhões de pessoas esse ano no Grito pois houve uma junção entre a edição do evento, que é realizado há 27 anos e já tem data marcada para ocorrer desde então, e a organização da Campanha Fora Bolsonaro. Atos contrários do Grito, também estão sendo convocados, no entanto com pautas antidemocráticas, de incitação ao ódio, solicitando o fechamento do STF. Bolsonaro afirmou em 21 de agosto, que a marcha é a preparação para um “contragolpe necessário” contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. A

“Estão usando uma retórica de medo. Os bolsonaristas e o próprio capetão insano têm usado um discurso de violência, de ódio, de ameaças, justamente para ver se nós saímos das ruas, porque, na prática, desde aquela grande mobilização que nós fizemos no dia 7 de abril e depois todo mês fomos repetindo, o Bolsonaro já perdeu as ruas. E, sobretudo, perdeu a hegemonia de suas ideias na sociedade.”, disse João Pedro Stédile, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, durante entrevista à Tutaméia.

Para concluir, João Pedro também lembrou que: “Nós, que estamos na campanha nacional FORA BOLSONARO, que aglutina quatrocentas organizações nacionais, populares, sindicais, partidos, igrejas, frentes da saúde pela vida, nós felizmente não estamos imbuídos desse clima de violência, de tensionamento. Por isso, nas últimas semanas mantivemos com naturalidade toda a programação que havia sido estabelecida para o 7 de Setembro. Já temos a confirmação de mais de duzentas cidades em todo o Brasil, e espero que nós tenhamos uma presença de militância maior do que na última jornada nacional. Até porque, neste Sete de Setembro, se somarão à campanha nacional FORA BOLSONARO setores das igrejas cristãs, que têm a tradição, já há 27 anos, de em todo o 7 de Setembro fazer jornadas de conscientização de nosso povo.”

 

Edição: Heloisa de Sousa