O Governo de Minas Gerais acaba de lançar o programa Trilhas de Futuro: um conjunto de 78 cursos técnicos voltados a estudantes do ensino médio. De 20 a 30 de agosto, alunos poderão se inscrever na página Trilhas de Futuro e concorrer a uma das 40 mil vagas.
Os cursos são gratuitos e terão a duração de um ano e meio. As aulas, que serão presenciais, tem a expectativa de se iniciar em outubro deste ano. A Secretaria de Estado de Educação informa que todos receberão auxílio transporte e auxílio alimentação.
Serão aceitos estudantes de escolas públicas matriculados no 2º e 3º ano do ensino médio
Serão aceitos estudantes de escolas públicas matriculados no 2º e 3º ano do ensino médio, além de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Também poderão se inscrever adolescentes da rede particular de ensino e, se houver vagas, pessoas que já concluíram o ensino médio.
Os cursos podem ser acessados aqui a partir de 20 de agosto.
Cursos não contemplam todos os alunos
O número de vagas corresponde a cerca de 10% do número de alunos do estado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Minas Gerais teve 381 mil matrículas para o ensino médio em 2020.
“Novo” ensino médio
O projeto faz parte das ações do governo estadual para adequar os currículos escolares ao programa nacional Novo Ensino Médio, aprovado em 2017. À época, milhares de escolas públicas foram ocupadas pelos próprios estudantes que, uma vez a par da nova lei, se manifestaram contra a sua provação.
Neste novo currículo, as disciplinas de formação humana diminuem ou quase inexistem, enquanto novas matérias voltadas ao mercado de trabalho são criadas. Professores e especialistas alertavam que essa escolha pode trazer uma série de prejuízos aos estudantes, uma vez que a educação para a reflexão, o respeito e o pensamento não podem ser excluídos em prol apenas do emprego.
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Em nota divulgada no portal Agência Minas, o governo de Minas reafirmou que o Trilhas de Futuro é voltado à necessidade das empresas, e não dos alunos. “A definição dos cursos selecionados foi feita após ampla pesquisa junto ao setor produtivo, com participação da Sede e da Sedese, envolvendo 110 empresas de 50 polos industriais do estado”, diz a nota.
Edição: Elis Almeida