Paraíba

É PRIORIDADE

Vacinação de professores enfrenta liminar contrária do MPF e MPPB e categoria resiste

Segundo MPF e MPPB, docentes não são prioridade no Plano Nacional de Imunização; professores e PMJP discordam

Brasil de Fato | João Pessoa (PB) |
SINTEM lança nota defendendo a vacinação dos trabalhadores de educação e discordando da decisão do MPF e MPPB. - Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público da Paraíba (MPPB) ingressaram com ação na Justiça Federal, com pedido liminar, nessa quinta-feira (13), para que seja determinado à Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) que suspenda imediatamente a vacinação de professores e trabalhadores da educação. A previsão da Prefeitura Municipal de João Pessoa é de começar a vacinar os profissionais de educação nesse domingo (14).

A alegação do MPF e do MPPB é a de que os professores e trabalhadores da educação não estão inseridos como grupo prioritário no Programa Nacional de Imunizações (PNI)

No entanto, mesmo diante da liminar dos Ministérios, o secretário de Saúde de João Pessoa, Fábio Rocha, em entrevista dada  no início da tarde desta sexta-feira (14), afirmou que vai dá prosseguimento a vacinação de trabalhadores da educação contra à Covid-19.

Diante desse embate, o Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores em Educação de João Pessoa (SINTEM -JP) lançou nota onde discorda da decisão do do Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público Estadual (MPPB).

Confira a nota, na íntegra, do SINTEM-JP a seguir:

O Sindicato dos(as) Trabalhadores(as) em Educação do Município de João Pessoa (SINTEM-JP) discorda da posição do Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público Estadual (MP-PB) de pedir a suspensão imediata da vacinação dos trabalhadores em educação de João Pessoa.

Nesta quinta, mais uma remessa de vacinas chegou ao nosso Estado, devendo ser distribuídas, possivelmente na sexta-feira. Essa distribuição, feita pelo governo do Estado, leva em consideração a quantidade populacional de cada cidade. Diante disso, a Prefeitura de João Pessoa tem apresentado celeridade na vacinação e, como tem demonstrado publicamente, há doses suficientes para continuar o seu planejamento. 

Há dias que os grupos com comorbidades com mais de 18 anos estão sendo vacinados. A fase seguinte contempla a dos(as) trabalhadores(as) em educação.

Em nenhum momento, os(as) trabalhadores(as) foram colocados à frente de outros grupos. Esperamos até o presente momento para que chegasse nossa vez. 

Além do mais, o MP-PB, há algumas semanas atrás, pediu para que a Prefeitura de João Pessoa retornasse as aulas presenciais na rede municipal, argumentando ser a educação um serviço essencial. No momento em que chega a fase de vacinação desses(as) trabalhadores(as) em educação, o mesmo MP pede suspensão? 

Em vários lugares do Brasil, a vacinação desses profissionais já começou. Essa é uma condição fundamental para que haja um retorno seguro às atividades presenciais e, exatamente por isso, também somos considerados prioritários.  

A fiscalização de todo o processo de vacinação e a investigação das possíveis irregularidades devem ser constantes, mas sem suspender o plano de vacinação. 

Solicitamos que a Prefeitura de João Pessoa não abra mão da decisão de vacinar os(as) trabalhadores(as) em educação no próximo domingo, garantindo assim a continuação do Plano de Vacinação.

SINTEM, PARTICIPAÇÃO E LUTA!

Edição: Heloisa de Sousa