Paraíba

PANDEMIA

Consuni aprova suspensão da portaria que obriga expediente presencial na UFPB

Reitoria publicou portaria para retorno gradual dos servidores técnico-administrativos às atividades na última terça, 09

Brasil de Fato | João Pessoa - PB |
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O Conselho universitário (Consuni) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) decidiu suspender a portaria expedida pelo interventor Valdiney Gouveia para retomar o expediente presencial na instituição. A decisão foi de 25 votos favoráveis contra 7.

A Reitoria da UFPB publicou portaria para retorno gradual dos servidores técnico-administrativos às atividades presenciais na última terça-feira (09) estabelecendo as modalidades de trabalho presencial, híbrida e remota, começando no dia 28 de fevereiro.

Os servidores técnico-administrativos acusam o órgão de tomar decisão unilateral, sem diálogo com a categoria: “De um lado uma decisão quase que unilateral da Reitoria, sem uma discussão com a comunidade acadêmica para voltar às aulas, sem levar em consideração a gravidade e a profundidade dos riscos, além da falta de empenho do Governo Federal em agilizar as vacinas e assegurar a qualidade de vida das pessoas”, destaca Clodoaldo Gomes, Secretário Geral do Sintesp-PB. 

“Não há condição de se garantir a compra de EPIs, reestruturação dos setores de forma a garantir o distanciamento social. Então, há várias coisas que são necessárias no ambiente de trabalho que a Universidade hoje não tem condições de fazer dentro de um período tão curto. Estamos no meio da segunda onda da pandemia, batendo recordes de morte pelo país, uma nova variante do coronavírus circulando que já chegou na Paraíba. Então, diante tudo isso é necessário que a Universidade mantenha o esforço, a posição política que tem tomado até agora, de manter seus servidores, docentes e técnicos-administrativos em trabalho remoto para poder garantir o distanciamento social”, acrescenta ele.

As falas foram quase que unânimes no Consuni. O reitor Valdiney colocou a questão para votação e o resultado foi 25 a favor da suspensão e 07 votos por manter. “Foi uma vitória muito importante da categoria, fruto dessa construção de unidade entre o bom senso dos diretores dos Centros e a combatividade e atuação firme, articulada do SINTESP”, conclui Clodoaldo.

Edição: Maria Franco