Paraíba

DESMONTE

Antes da privatização, o que pode vir por ai?

O Brasil se tornou um puxadinho dos Estados Unidos, graças às ideias de Paulo Guedes e da família Bolsonaro

Brasil de Fato | João Pessoa - PB | |
É preciso mobilização de todos os setores para impedir que os Correios sejam privatizados - Pacífico Medeiros S. Sobrinho / Correios

As privatizações surgiram na Grécia Antiga com a contratação de amigos do governo para fazer serviços antes executado pelo “governo”, mas o termo privatização se familiarizou em 1930 depois da publicação de reportagem no The Economist focando o modelo econômico da Alemanha Nazista.

Na América do Sul, o ditador Augusto Pinochet, do Chile, foi um dos idealizadores. Ele introduziu uma política econômica neoliberal e privatista. Esse modelo surgiu pouco tempo depois do regime ditatorial, em que Pinochet deu um golpe militar e assassinou o presidente eleito democraticamente Salvador Allende em 1973. Nesse período, alguns economistas faziam parte do regime da ditadura chilena, dentre eles Paulo Guedes, hoje economista (posto Ipiranga) do Governo Bolsonaro.

Afinal, por que falar disso? Simples: o cérebro (cabeça) por trás de tudo que está acontecendo com a economia brasileira é Paulo Guedes/Bolsonaro, ou melhor, do seu professor, o ditador Pinochet. Hoje, o Brasil se tornou um puxadinho dos Estados Unidos, graças às ideias de Paulo Guedes e da família Bolsonaro. Claro, com apoio de Steve Bannon, uns dos criadores de Trump, de Bolsonaro e da extrema direita pelo mundo.

Podemos dizer que, no Brasil, a era (governo) Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi quem iniciou o projeto de privatizações com a venda de mais de 80 empresas. Citamos algumas: Telebrás, Embraer, CSN, Sistemas Elétricos (Light/RJ, Saelpa/PB, etc.), Usiminas, Bancos Estaduais (Banespa, Paraiban, etc.) e Vale do Rio Doce. Assim, chegamos agora a nós ECeTistas.

Já existe estudo divulgado pela equipe econômica de Paulo Guedes/Bolsonaro pelo qual os Correios serão uma das empresas que estarão à venda (doada) às multinacionais a preço de banana. Esses estudos se encontram avançados no governo e a gestão da empresa avalia mensalmente o dimensionamento do efetivo, seja através de relatórios da Diretoria de Operações (DIOPE) ou de planilhas da Diretoria de Gestão de Pessoas (DIGEP). Esses estudos apontam, para hoje, um ajuste no quadro funcional que afetará diretamente a mão de obra na empresa, criando um caos, ou melhor, desmantelando a cadeia de produção e a estrutura da Correios para que a mesma fique deficitária, com a falta de pessoas. Desta forma, pioram-se os serviços e a imagem dos Correios, visando ganhar apoio tanto da população quanto dos congressistas para sua privatização, conforme já anunciado amplamente por Bolsonaro na época ainda candidato à presidência.

Na Paraíba, poderemos chegar a um colapso. Os relatórios da DIOPE e planilha da DIGEP apontam que estaríamos com excesso de atendentes e carteiros. Isso mesmo, existiriam 133 funcionários sobrando nas agências, somando carteiros e atendentes, excluindo os Centros de Distribuição Domiciliar (CDD’s) e os Centros De Entrega de Encomendas (CEE’s), com os quais se poderia chegar a mais de 220 funcionários(as).

Como sair dessa cilada? Só com a união e a mobilização da categoria (atendentes, carteiros, operadores de triagem e transbordo - OTTs e área administrativa) poderemos vencer os ataques vindos de todas as direções, principalmente do governo e da mídia. Não existe saída mágica. É necessário, também, ampliar a luta com a unificação dos movimentos sociais, construir uma frente única em defesa dos trabalhadores com outras categorias e ocupar as ruas denunciando essa situação e as consequências para o povo.

Não à política de privatização do governo Bolsonaro!

Fora Bolsonaro e todo seu governo!

 

SINTECT-PB - Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos na Paraíba, Empreiteiras e Similares

Edição: Henrique Medeiros