Rio Grande do Sul

Reforma Agrária

Arroz orgânico do MST segue a preço justo

Os Sem Terra do Rio Grande do Sul são os maiores produtores do alimento na América Latina 

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Na última safra foram colhidas 15 mil toneladas de arroz orgânico, sendo que várias destas foram destinadas para doações desde o início da pandemia do coronavírus - Alex Garcia

O arroz orgânico do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Rio Grande do Sul, vai além da produção para a subsistência, existem valores que são seguidos pelos assentados. “Nós temos a agroecologia que nos guia. Ou seja, preservamos o meio ambiente, nosso solo, a nossa água, pois sabemos que somos passageiros, e que a próxima geração também precisa dessa terra”, afirma Emerson Giacomelli, da direção da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap).

Outro ponto importante a ser citado, de acordo com o Sem Terra, é o cuidado que os camponeses da Reforma Agrária têm com a saúde, a partir de sua produção. Tanto do produtor, quanto do consumidor. 

O MST se preocupa e respeita os seres humanos e os recursos naturais. Nesta pandemia, os pilares que guiam os assentados e acampados são as doações de suas produções e o plantio de árvores. É a forma que os Sem Terra encontraram de seguir lutando, contra o desmatamento, o alto índice de agrotóxico liberado pelo atual governo, a fome e a crise sanitária que tão fortemente atinge os brasileiros. 

Só na última safra foram colhidas 15 mil toneladas de arroz orgânico, sendo que várias destas foram destinadas para doações desde o início da pandemia do coronavírus. Participam da produção do alimento 364 famílias, de 14 assentamentos, situadas em 11 municípios gaúchos. 

Enquanto o maior produtor de arroz orgânico realiza diversas ações de solidariedade no estado, e mantém o valor do seu produto justo, as grandes empresas e os monopólios que controlam o comércio aumentam o preço.

Conforme Giuliano Ferronato, diretor de operações da Corretora Mercado, filiada a Bolsa Brasileira de Mercadorias, o principal fator que levou a alta dos preços do arroz foi a exportação. “O arroz brasileiro no mercado internacional estava muito mais barato do que de outros países” declara. Ele ainda menciona, que somente neste ano, o Brasil exportou 1 milhão e 100 mil toneladas de arroz, um aumento de 20% em relação ao ano passado. 

O governo brasileiro não tem nenhum controle sobre o comércio de arroz para fora do país na exportação do alimento. “Não tem uma taxação desse produto quando é destinado para exportação, e importação ele tem sim. Hoje o arroz fora do bloco Mercosul é taxado em 12% em casca”, pontua Ferronato. 

Segundo Nilton Cesar de Oliveira, técnico do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), outro fator que contribui no aumento do arroz é a falta de estoque regulador do governo. Ele também cita a baixa na produção do arroz de 30% em relação ao ano passado, o que diminuiu estoque. 

Portanto vale ressaltar a importância da agricultura familiar e da Reforma Agrária. “Valorizamos toda  a cadeia produtiva. Ou seja, quem produz, beneficia, transporta, revende até chegar no consumidor com um preço que seja possível adquirir”, simplifica Giacomelli. 

Onde encontrar o arroz orgânico do MST

Loja da Reforma Agrária (15)  | Mercado Público - Porto Alegre 

Fone: 51 999814837 | 51 30234057

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Cootap | Eldorado do Sul - RS

E-mail: [email protected]  | [email protected] 

Fone: 51 3181-0305 

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Coopan | Nova Santa Rita - RS

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Coopat | Tapes - RS

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Edição: Katia Marko