Paraná

PARALISAÇÃO

Trabalhadores entram em greve em repúdio às 747 demissões na montadora Renault

Trabalhadores haviam tentando uma negociação para reverter as demissões, e foram surpreendidos pela direção da fábrica

Curitiba (PR) |
Trabalhadores rejeitaram proposta da montadora e entraram em greve contra demissões - Divulgação

A Renault anunciou nesta terça-feira (21) o fechamento do terceiro turno de produção na fábrica de São José dos Pinhais (PR). Com isso, 747 trabalhadores foram demitidos. Na noite do mesmo dia os trabalhadores se reuniram em assembleia coordenada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba e decretaram greve por tempo indeterminado em repúdio às dispensas. 

A Renault afirmou, em nota, que o corte dos funcionários no Paraná faz parte da estratégia de enxugamento da estrutura. “Esta medida também está alinhada com o projeto de redução de custos anunciado pelo Grupo Renault em maio, válido para todo o mundo.” Na última sexta-feira (17) os trabalhadores reprovaram uma proposta de Plano de Demissão Voluntária (PDV) apresentada pela empresa e foi dado um prazo de 72h para que as negociações com o sindicato fossem feitas. O aviso das demissões aconteceu antes do prazo  para que a empresa voltasse a negociar alternativas para manter os empregos. 

Diante da postura da montadora o sindicato liderou uma assembleia na porta de fábrica e colocou em votação o encaminhamento de greve por tempo indeterminado. A decisão foi aprovada por unanimidade. "Queremos deixar nosso repúdio pela forma que esta empresa está agindo mesmo recebendo incentivos fiscais do governo do estado para gerar e também manter empregos. Infelizmente não é o que a direção atual desta planta está pensando", ressalta o presidente do SMC, Sérgio Butka. A unidade brasileira da Renault empregava até o momento 7300 trabalhadores que produzem os modelos Sandero Stepway, Logan, Kwid, Duster, Oroch, Master e Captour. A fábrica ainda conta com uma unidade de motores e injeção de alumínio. 

Apoio de parlamentares 

Na tarde desta quarta feira, 22/7, o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Nelson de Souza foi até a Assembleia Legislativa buscar apoio de parlamentares para reverter as demissões.  O objetivo da visita foi conversar com representantes da Liderança de Oposição e do Governo para que intermediem junto aos governo do estado sobre o assunto. “Queremos um posicionamento do Governador, queremos que os deputados peçam pela readmissão destes trabalhadores. Neste momento de pandemia, a luta pela garantia de empregos. 

Edição: Gabriel Carriconde