Centenas de manifestantes voltaram a ocupar as ruas de Porto Alegre na tarde deste domingo (21), no sétimo final de semana consecutivo de protestos contra o racismo e o autoritarismo e em defesa da democracia brasileira. Defendendo o afastamento do presidente Jair Bolsonaro, o ato reuniu as torcidas antifascistas do Grêmio e do Internacional, movimentos sociais e coletivos antirracistas.
Manifestantes criticam autoritarismo do governo Bolsonaro / Marcus Perez – CUT-RS
A concentração teve início às 14h, na Esquina Democrática e, por volta das 14h40, começou uma caminhada pela Avenida Borges de Medeiros. Os manifestantes usavam máscaras de proteção e procuravam manter o distanciamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Críticas ao assassinato da população negra foi um dos destaques do ato / Marcus Perez – CUT-RS
O grupo marchou atrás de uma faixa amarela com os dizeres "Antifascistas pela democracia". Eles também ergueram cartazes, denunciando a marca de 50 mil mortos por covid-19, acusando Bolsonaro de genocida.
Antifascistas gremistas / Marcus Perez – CUT-RS
A passeata também protestou contra a violência racial, lembrando o assassinato da vereadora Marielle Franco, em maio de 2018 no Rio de Janeiro, e do homem negro George Floyd, que morreu após ser prensado pelo joelho de um policial branco em maio, na cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos, dentre outros negros e negras que perderam criminosamente as suas vidas.
Antifascistas colorados / Marcus Perez – CUT-RS
Gritando "Fora Bolsonaro", os manifestantes percorreram a Borges de Medeiros, passaram sobre a Ponte de Pedras do Largo dos Açorianos e encerraram a marcha no Largo Zumbi dos Palmares, onde costumam terminar as caminhadas democráticas e populares na capital gaúcha.
Manifestação antidemocrática no Parcão
No mesmo dia, manifestantes pró-Bolsonaro realizaram uma manifestação nas imediações do Parcão, no bairro Moinhos de Vento. Mais uma vez, o grupo defendeu pautas antidemocráticas como o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional. Parte do grupo não usava máscara.
* Com informações da CUT RS e Gaúcha ZH
Edição: Marcelo Ferreira