Paraíba

ECONOMIA SOLIDÁRIA

Feira agroecológica é uma boa opção para fazer compras nessa quarentena

Pedidos podem ser feitos pelo site da Ecovárzea até quarta e retirados na UFPB às sextas-feiras

Brasil de Fato | João Pessoa (PB) |
A feira agroecológica da UFPB contava com freguesia certa todas as sextas-feiras de manhã ; agora, na quarentena, espera manter sua existência com os pedidos dos fregueses pelo site - Reprodução

Uma boa opção para quem não quer se arriscar nas feiras e supermercados é fazer compras online. Quando se trata de feira, uma via saudável e ecologicamente correta é a da Ecovárzea, que existe há 19 anos e acontece na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa.

Tentando unir a necessidade dos seus clientes e da população em geral nessa quarentena, a Feira Agroecológica da UFPB, da Ecovárzea, inovou no acesso e escolha de seus produtos  e disponibilizou um site para que cada cliente faça suas escolhas. O endereço é /https://ecovarzeapb.com/ .


Site da Ecovárzea: https://ecovarzeapb.com/ / Reprodução

Nele, é possível ver os produtos disponibilizados à venda, como raízes, tubérculos, hortaliças, leguminosas, grãos, frutas, bolos, tapiocas, ovos e muito mais.

As compras das Eco Cestas serão efetuadas exclusivamente pelo site, de segunda feira 8h às 15h de quarta feira. O pagamento poderá ser feito por transferência bancária ou na hora da retirada, e os alimentos agroecológicos serão entregues todas as sextas-feiras, no horário das 6 às 11 horas,  no sistema de Drive Thru, na Universidade Federal da Paraíba, Campus I, próximo ao DCE, onde acontecia a Feira Agroecológica. O valor mínimo do pedido para montagem das Ecos Cestas é de R$ 20 reais. 

Qualquer informações ou dúvidas podem ser retirados pelo WhatsApp da Ecovárzea: 83. 9 9387-2169.

História

Essa experiência de produção e comercialização só foi possível porque a Comissão Pastoral da Terra (CPT) desenvolveu, desde 1997, estratégias para enfrentar os problemas de comercialização dos produtos da agricultura familiar de áreas de assentamento. Inicialmente, foi junto aos agricultores da região de Sapé; depois, entendeu-se para outras regiões do estado. Segundo Luiz Damásio, mais conhecido como Luizinho, do assentamento Padre Gino e coordenador da CPT, o principal problema que identificavam era a dependência de atravessadores na hora da venda. “A gente produzia e não tinha onde vender; vendia para os atravessadores, e eles levavam 50%. Aí a gente se organizou e decidimos montar um espaço onde a gente pudesse comercializar os nossos produtos”, relatou Luizinho. E complementou dizendo: “depois de seis feiras, nós paramos e descobrimos que nosso maior problema não era a comercialização, mas sim a produção. A nossa produção não tinha diversificação; nós só tínhamos três, quatro produtos. Uma feira não sobrevive assim. Ela precisa de uma diversificação para que os consumidores venham e realizem seu desejo de compra”.

Foi então que, em 2001, a CPT organizou a primeira Feira Agroecológica de Assentados da Reforma Agrária em João Pessoa. Instalada inicialmente em uma praça no bairro de Mangabeira, transferiu-se para a UFPB no ano seguinte, com apoio de alguns professores e funcionários. Em 2004, os feirantes/produtores criaram a Associação dos Agricultores e Agricultoras Agroecológicos da Várzea Paraibana (Ecovárzea) e existe até hoje provando a eficiência da Reforma Agrária e da produção com responsabilidade social e ecológica, com base agroecológica.

 

Edição: Heloisa de Sousa