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PANDEMIA

UFPB cria respiradores 37 vezes mais baratos que os usados no mercado

O custo estimado do aparelho será de R$ 400,00 e terá licença aberta para empresas

Brasil de Fato | João Pessoa (PB) |
Protótipo em demonstração de funcionamento - DPI / Inova UFPB

A Agência UFPB de Inovação Tecnológica (INOVA-UFPB), na figura do Diretor Presidente Prof. Dr. Petrônio Filgueiras de Athayde Filho, fez demanda no dia 28 de março de 2020 para que fosse desenvolvido um ventilador pulmonar por pesquisadores do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN). A equipe composta por Railson Ramos, Mario Ugulino, Válber Almeida, Tiago Maritan e Marcos Alves concluíram em 48 horas a missão!


No dia 30 de março de 2020 as imagens do protótipo já estavam disponíveis nas redes sociais. No dia 31, foi realizada nova força tarefa com os inventores, a equipe da Diretoria de Propriedade Intelectual da INOVA-UFPB e do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (CGDI/EDIR-PE/SEDIR-PB/INPI) para preparar a redação do pedido de patente. No dia 01 de abril o pedido de patente foi finalizado e no dia 02 foi protocolado no INPI.


O ventilador pulmonar desenvolvido na UFPB faz uso da tecnologia touch-screen, é equipado com sistema multibiométrico e tem conectividade wireless. Inclusive é possível acessá-lo, monitorá-lo e operá-lo em tempo real remotamente por meio de aplicativo em dispositivos móveis (smartphones).  


Desenho industrial do respirador desenvolvido pela UFPB / DPI/INOVA-UFPB


O aparelho é de baixíssimo custo! De acordo com os inventores a produção do aparelho é de aproximadamente R$ 400,00 (quatrocentos reais), ou seja, mais barato do que o equivalente desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP); valendo destacar que o respirador mais barato no mercado custa aproximadamente R$ 15.000,00 (quinze mil reais).


O equipamento também é de rápida montagem e programação, sendo possível concluir a montagem e deixá-lo plenamente operável em 60 segundos! Outro detalhe é que ele não é um respirador de emergência, podendo ser usado indefinidamente; ou seja, um substituto aos convencionais comercializados atualmente.


Os inventores tiveram como missão garantir uma alternativa nacional viável que pudesse ser disponibilizado com um baixíssimo custo para hospitais.


A equipe de pesquisadores e servidores da UFPB é responsável pelo pedido de patente, mas não pela fabricação, que deverá ser feita por empresa com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o aparelho ainda precisa passar por testes pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). Nesses últimos caso, acredita-se que em face da urgência as tramitações burocráticas e testes sejam aceleradas.  


Assim, o projeto tem licença aberta para os interessados em produzir o ventilador pulmonar. Para tanto deverão entrar em contato com a INOVA-UFPB por meio do e-mail: [email protected].
 

Fonte: DPI/INOVA-UFPB.

Edição: Heloisa de Sousa