Paraíba

18M DE LUTA

Entidades sindicais e estudantis realizam Dia Nacional de Lutas hoje (18)

Frente decidiu focar nas ações de comunicação virtual, evitando aglomerações por conta do coronavírus

Brasil de Fato | João Pessoa - PB |
Divulgação - Card

Entidades estudantis, centrais sindicais e sindicatos do serviço público fazem paralisação e greve nesta quarta-feira (18), Dia Nacional de Luta em Defesa do Serviço Público, da Educação e da Democracia. Desde o ano passado, diversas entidades reúnem-se no intuito de fortalecer uma agenda de lutas contra o desmonte do governo de ultra-direita de Jair Bolsonaro que vem retirando direitos, massacrando o funcionalismo e escalpelando o sistema educacional brasileiro. A agenda de lutas (construída nacionalmente) inicialmente, teria como carro-chefe atos públicos, manifestações e caminhadas, porém, em reunião na última segunda-feira (16), as entidades paraibanas definiram pelo cancelamento de atividades com aglomeração de pessoas para evitar a disseminação do novo coronavírus. 
A frente concentra-se, agora, na paralisações das atividades e no fortalecimento da comunicação virtual, nas redes sociais, faixas e panfletagens que mostrem a importância da greve, conscientizando sobre a retirada de direitos promovidas pelo governo federal.
 


Foto Imagem / Circulação

No momento, as entidades se movimentam no intuito de estender faixas em alguns pontos da cidade e também em frente às sedes de trabalho; algumas fizeram lives na internet explicando a atual conjuntura de lutas em torno do serviço público brasileiro, e algumas outras fizeram distribuição do jornal Brasil de Fato - Edição Especial - que traz conteúdo de denúncia do massacre realizado pelo governo federal contra os servidores e órgãos públicos. A distribuição se deu em pontos espalhados, tanto em João Pessoa, como em outras cidades do interior: Campina Grande, Patos e Cajazeiras.


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As principais reivindicações grevistas são: a retirada dos projetos que tramitam no Congresso Nacional e que atacam os serviços públicos como a PEC 186/19 (PEC Emergencial) e também a Revogação da Reforma da Previdência nacional e nos Estados que retira direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, deixando-os em situação de maior vulnerabilidade social; a luta pela Revogação da Emenda Constitucional 95 (teto de gastos), que reduz os investimentos em Saúde, Educação e Ciência que poderiam amenizar os efeitos do COVID-19. O movimento também exige que o Congresso Nacional paralise suas atividades para que não sejam aprovados projetos contra o povo.


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“Nós esperamos abrir um canal de diálogo com a população para ela entender que a redução dos investimentos e as privatizações vem prejudicando e vai prejudicar a sociedade. Exemplo disso é que na Europa, os próprios governos europeus que defendiam as privatizações, defendia essa política neoliberal, hoje falam abertamente em reestatização, e já estatizaram, inclusive, hospitais privados diante da pandemia de Coronavírus”, afirma Tony Sérgio secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Correios na Paraíba.

Para o vice-presidente da AdufPB, Fernando Cunha, é importante defender os setores de tecnologia por conta da pandemia: “Nós estamos em vigília e em mobilização nas redes sociais e em panfletagens para pedir a revogação da emenda constitucional 95, mas também de todos os projetos de leis que estão sendo encaminhado no Congresso e nas Assembleias Legislativas que atacam o funcionalismo público e os serviços públicos, porque mais do que nunca é fundamental defender a ciência, a saúde, a educação e a tecnologia” 


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William Carlos, do Sindiágua PB, afirma que prevaleceu o bom senso em fazer atividade remota: “O Sindiágua, juntamente com os movimentos sociais sindicais e estudantis, tomaram a diretriz de atender as reivindicações e as condições impostas pelas organizações de saúde nacional e internacional, então estamos fazendo manifestações evitando aglomerações e atos de rua.” 
 


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Para Ciro Caleb, do Levante Popular da Juventude, hoje é um dia importante em defesa da educação: “Este 18 de março é um dia muito importante para nós estudantes, e para todo o movimento estudantil, junto às centrais sindicais, as nossas entidades de representação nacional, UNE, a UBES e a NPG , entendemos que esse é um dia para estar mobilizado em defesa do serviços públicos e da soberania nacional."

Ele acrescenta que é um dia para dar uma resposta contundente contra Bolsonaro “contra a irresponsabilidade do presidente e do seu governo em negligenciar o avanço do coronavírus no Brasil. E só conseguiremos vencer, essa pandemia com muita coletividade, com muita solidariedade”, arremata Ciro.

As entidades que aderiram às paralizações são: SINTECTPB, Levante da Juventude, ADUFPB, SINDIÁGUA-PB, SINTRICOM, PT, PSOL, PSTU, CTB, CUT-PB, SINTEP, SINDIFISCO DS PB, Oposição ao Sindicato dos Motoristas, SINDJUF-PB, SINTESPB, CSP CONLUTAS, ARTEC, SINTSERF, SINTEM, MTD, Consulta Popular, UNE, UBES, ANPG, SINTTEL, SINDECOM e Sindicato dos Jornalistas, AdufCG.


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As organizações estão convocando toda a população brasileira às 20h para fazer um barulhaço na janelas com panelas, apitos, baldes, e estender bandeiras e faixas em oposição ao governo e ultra-direita e Jair Bolsonaro. Por investimento no SUS, nas pesquisas, proteção social, democracia e os cortes na educação.  


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Edição: Heloisa de Sousa